A Sala está vazia.
A cadeira está vazia, a porta está fechada, os móveis empoeirados, a psicóloga não está atendendo, será que está de férias ou tirou licença sem vencimento, ela não avisou nada, não atende telefone, não responde ao whatsApp, o que será que aconteceu, ela sempre foi pontual, quando não pode atender ela avisa, tem alguma coisa estranha acontecendo, ninguém fala nada, não sabem dizer nada, amanhã depois das 8 horas vou na Casa Esperança saber, às 6:10 horas da manhã meu telefone toca, uma voz triste fala, estou ligando para dizer que dona Maria do Carmo faleceu, minhas pernas começam a tremer, as lágrimas rolam em meu rosto e eu digo como assim, Carmo me prometeu que não ia morrer agora, pego um táxi vou até o local do velório, chegando lá um silêncio total, lágrimas em cada rosto e Carmo muito linda parecendo que estava dormindo, muito elegante, semblante sereno e feliz, eu olhei para ela e disse, e agora quem vai me atender, como eu vou ficar e aí ela como uma excelente profissional não me deixou sem resposta, nessa hora tão difícil fui levado em pensamento a uma sessão de terapia onde ela dizia, aonde eu estiver vou está te orientando, falando com você menino. Cadê meu abraço, e qualquer coisa ligue…
Para sempre, Maria do Carmo Cavalcanti Padilha de Brito (Psicóloga)
Osmar Júnior
3 Comentários
A morte é sempre uma separação, inevitável entre os corpos e eternizada nas almas.
ResponderExcluirLinda homenagem, onde ela estiver, estará sorrindo para você.
ResponderExcluirMuito emocionante seu testemunho Osmar. Obrigado pela demonstração de carinho e afeto por minha querida cunhada Maria do Carmo.
ResponderExcluir